Prefeitos também deliberaram compras consorciadas e abertura de sala em Brasília 

Os prefeitos da região aprovaram na última semana, durante assembleia do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, a criação de uma agência reguladora de serviços públicos. O objetivo da medida é trazer viabilidade e sustentabilidade econômica, além de custo operacional reduzido, no segmento para todas as cidades que compõem o ABC.

A proposta foi discutida durante a reunião mensal do órgão intermunicipal, que contou com as presenças dos prefeitos de Santo André, Gilvan Júnior (PSDB); de Mauá, Marcelo Oliveira (PT); de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL); e de Rio Grande da Serra; Akira Auriani (PSB), além do chefe de Gabinete de São Caetano do Sul, Bruno Vassari, representando o prefeito Tite Campanella (PL); do secretário de Administração e Gestão de Pessoas de Diadema, Adler Teixeira, representando o prefeito Taka Yamauchi (MDB); e do secretário-chefe da Casa Civil da Capital, Enrico Misasi, representando o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Segundo o presidente do Consórcio ABC e prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), a iniciativa deverá trazer benefícios para a gestão de serviços públicos em todos os municípios da região. 

“Uma agência reguladora que atenda as sete prefeituras traz economicidade, por meio de uma gestão em conjunto que interaja com os municípios. Em vez de cada cidade ter sua própria agência, arcando sozinha com o custo, teremos uma única estrutura para a região. Além disso, pensando no curto, médio e longo prazo, essa agência poderá vender os serviços dela e ser autossuficiente”, afirmou. 

Compras consorciadas 

Além da criação da agência reguladora de serviços públicos, os prefeitos do ABC também aprovaram a implementação de um sistema de compras consorciadas na região. A adoção da ferramenta é uma das metas da atual gestão da entidade regional. A proposta foi idealizada que itens que sejam de comum necessidade dos municípios sejam adquiridos de forma conjunta, em lote, conseguindo, assim, custos menores e economia aos cofres municipais. 

Entre as prioridades elencadas pela atual gestão do Consórcio ABC, as áreas de Saúde e Segurança Pública serão contempladas. Itens como medicamentos e equipamentos para as Guardas Civis Municipais (GCMs), como coletes, fardamento, armamento e munição estarão nas atas que serão elaboradas. 

“Vamos iniciar com itens de Saúde e Segurança. Na medida da sua necessidade e conveniência, o município pode aderir às atas. Graças à compra coletiva, o valor dos itens será mais baixo para as prefeituras, trazendo mais economicidade”, pontuou o presidente do Consórcio ABC. 

Segurança pública

Ainda sobre Segurança Pública, também integrou a pauta o programa “Grande ABC Mais Seguro”, firmado entre as cidades da região para promover ações integradas entre as Guardas Civis Municipais (GCMs) das cidades consorciadas e aperfeiçoamento dos processos operacionais nas atividades de prevenção criminal nos municípios da região. 

Os prefeitos deliberaram a necessidade de oferecer cursos de capacitação para os guardas civis municipais, por meio de recursos do Governo Federal. “O programa Grande ABC Mais Seguro será reforçado com a qualificação dos nossos GCMs. Isso será feito por meio de verba do Ministério da Justiça, sem a necessidade de recursos dos municípios, nem do Consórcio”, informou Lima.

Sala Grande ABC em Brasília

A assembleia de prefeitos aprovou ainda a reabertura de uma sala do Consórcio ABC em Brasília. A entidade regional contou com um equipamento na capital federal entre 2017 e 2020, mas o espaço foi desativado devido à pandemia do coronavírus.

“Essa sala vem para dar o apoio ao Consórcio junto ao Governo Federal, servindo como ponto de apoio para a entidade regional e para as prefeituras junto ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e aos ministérios”, explicou Lima.

A inauguração da Sala Grande ABC em Brasília está prevista para julho.